Após confusão no Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, paciente é encaminhada à 151ª DP

Uma paciente do Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, foi encaminhada para a 151ª DP na noite dessa segunda-feira, 31, após uma confusão na recepção da unidade.

De acordo com relatos de pessoas que estavam no local, a paciente aguardava o atendimento por muito tempo, quando acabou tendo uma crise.

No vídeo acima é possível ver o momento em que guardas municipais tentam controlar a mulher que foi algemada e levada para a delegacia, como informado pela prefeitura por meio de nota:

Após causar tumulto no atendimento do hospital, desacatar servidores no exercício das suas atividades e quebrar três computadores na recepção, a mulher foi encaminhada para a 151ª DP, onde foi registrado um boletim de ocorrência. De acordo com a legislação, desacatar um funcionário público é crime, previsto no artigo 331 do Código Penal.

Por meio de nota, a Polícia Militar confirmou que também foi acionada para atender a ocorrência na unidade:

No local, a equipe constatou agentes da Guarda Municipal conduzindo uma mulher à 151ª DP por dano ao patrimônio público.

O Executivo municipal esclareceu que o funcionamento do hospital estava normal, com o plantão médico completo e que a paciente aguardava o atendimento de acordo com sua classificação de risco:

A paciente estava com a classificação de risco verde, dentro do tempo médio de espera para atendimento. Essa média está relacionada diretamente com o volume de atendimentos e a classificação de risco de cada um deles. A classificação de risco é feita assim que o paciente é admitido na unidade para estabelecer a ordem de prioridade, por urgência. Ela é composta pelas cores vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. A cor vermelha representa os casos mais graves, e a azul, os mais leves.

Por fim, a prefeitura afirmou que a unidade conta com vigilância 24 horas da Guarda Civil Municipal e apoio eventual da Polícia Militar, para garantir maior segurança a pacientes, acompanhantes e funcionários.

O delegado titular da 151ª DP, Heberth Tavares Cardoso, disse que a mulher foi levada para a delegacia e vai responder pelo crime:

Foi registrado ocorrência de dano ao patrimônio público. Ela estava aguardando muito tempo para um atendimento psiquiátrico e acabou tendo um surto psicótico. Ela não foi autuada por conta da condição dela. Foi instaurado um inquérito policial e ela está respondendo, em liberdade, por dano ao patrimônio público. Depois ela foi medicada e atendida normalmente na unidade.

A prefeitura informou, por meio de nota, que, a pedido dos servidores da unidade, a Secretaria de Segurança Pública aumentou o efetivo no local:

A escala de rotina do Hospital Raul Sertã conta com três guardas municipais, atuando 24h por dia na recepção da urgência, onde ocorreu a confusão, na recepção de visita e na entrada de trauma, onde param as ambulâncias. A pedido dos servidores da unidade, a Secretaria de Segurança Pública acrescentou mais um Guarda Civil Municipal (GCM) à escala, para permitir uma ronda interna e os horários de descanso e alimentação dos guardas fixos nestes pontos. Assim, nenhum ponto do hospital ficará sem a presença da GCM.

A reportagem questionou o governo municipal com relação à prestação de atendimento de uma equipe especializada em saúde mental em situações como essa no hospital. O Executivo explicou que:

O Hospital Municipal Raul Sertã é a porta de entrada para acolhimento e atendimento de pacientes de saúde mental e conta com equipes destinadas para esse fim. No caso em tela, diante do tumulto causado pela paciente que, reiteramos, quebrou três computadores na recepção, foi necessário contê-la e encaminhá-la à delegacia, de modo a garantir também a segurança dos outros pacientes, acompanhantes e funcionários do hospital.

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