O amor está no ar! Conheça história de casal que está junto há 28 anos com ajuda do santo casamenteiro
Moradores de Nova Friburgo, Jocilene e Igor recorreram a Santo Antônio e concretizaram sonho de se casar

Na cidade que mantém viva a tradição do santo casamenteiro, histórias como a de Jocilene e Igor mostram como o amor e a fé caminham juntos entre promessas, devoção e um casamento abençoado.
Se for da vontade de Deus, Ele vai abençoar.
Essa sempre foi a certeza de Jocilene Ferreira, de 44 anos, moradora de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
Ao lado do marido, Igor da Conceição, de 46, ela carrega não só uma história de amor, que já dura 28 anos (sendo 20 de casamento), mas também uma fé inabalável na intercessão de Santo Antônio.
O casal se conheceu ainda na juventude, quando Jocilene tinha 16 anos. Namoraram por oito anos e sempre tiveram o desejo de oficializar a união e construir uma família.
No meio do caminho, enfrentaram alguns desafios que poderiam atrapalhar os planos do casal e foi aí que se apegaram ao santo.
Jocilene, no entanto, conta que a devoção começou cedo:
Desde o início do namoro, eu já era devota. O Igor começou a me acompanhar e juntos passamos a frequentar a igreja. Todo ano, no dia de Santo Antônio, estávamos lá, rezando e pedindo que, se fosse da vontade de Deus, nossa união fosse abençoada.
Ela ainda diz que recorreu a alguns bons e antigos recursos.
Minha expectativa sempre foi ter uma família. Sempre pedi ao santo que, se fosse da vontade de Deus, fosse com ele. Fiz promessa, rodei no pau de Santo Antônio, várias vezes, coloquei o meu pedido embaixo do santinho, tirei o menino Jesus do colo do santo. E a graça veio: em 2006, nos casamos.
O casamento dos sonhos de Jocilene e Igor foi celebrado na Capela de Santo Antônio | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
A cerimônia, que aconteceu na tradicional igreja de Santo Antônio em Nova Friburgo, foi marcada por emoção e casa cheia, segundo ela.
Teve gente que ficou do lado de fora. A igreja é acolhedora. O falecido Padre Salomão celebrou nosso casamento. Foi muito bonito.
Para ela, a fé sempre foi guia:
O Igor até brincava comigo por colocar o santinho de cabeça pra baixo… Mas ele acreditava também. Hoje, ele diz que sou uma esposa maravilhosa e eu posso dizer o mesmo dele. Somos parceiros.”
Além de casamenteiro, Santo Antônio também é conhecido como protetor dos pobres | Foto: Divulgação/Diocese Sorocaba
Santo Antônio: o casamenteiro
O popular santo casamenteiro, conhecido também como Santo Antônio de Pádua, foi um frade franciscano e doutor da Igreja Católica, com uma vida dedicada à pregação, caridade e serviço aos necessitados.
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Também é considerado protetor dos pobres e tem uma história marcada por milagres e devoção na igreja.
A homenagem ao santo católico em 13 de junho (um dia depois do Dia dos Namorados) não é por acaso.
O dia 12 de junho foi escolhido para celebrar o amor entre os apaixonados justamente por anteceder a data religiosa, conectando o simbolismo do amor à devoção cristã.
E a tradição de recorrer ao santo em pedidos de casamento ou relacionamentos duradouros é antiga.
Capela de Santo Antônio, construída em 1884 na praça do Suspiro, é um importante marco da cidade | Foto: Reprodução/Portal Multiplix
Em cidades como Nova Friburgo, na Região Serrana, onde há uma igreja dedicada a ele, na praça do Suspiro, é comum encontrar fiéis que fazem simpatias, promessas ou apenas orações sinceras, pedindo que interceda em suas vidas amorosas.
Entre as práticas mais conhecidas estão colocar o santo de cabeça pra baixo, esconder sua imagem até que o pedido seja atendido e até participar da tradicional roda no "pau de Santo Antônio".
O antes e depois de uma história marcada pelo amor e pela fé inabalável em Santo Antônio | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Fé que sustenta, amor que permanece
Hoje, Jocilene e Igor são pais de dois filhos, um de 11 e outro de 14 anos. Eles fazem questão de relembrar o quanto a fé fortaleceu a caminhada juntos e mantêm a tradição viva:
Sempre que podemos nós estamos presentes nas celebrações em homenagem a Santo Antônio. E quando eu paro pra olhar pra trás, a minha fé só aumenta. A intercessão dos santos realmente existe. Com fé, a gente remove montanhas.
Quem viveu e ainda vive uma experiência tão profunda com o santo casamenteiro, deixa um recado para os casamenteiros de plantão.
Vale colocar o santinho de cabeça pra baixo, rodar no tradicional 'pau de Santo Antônio', mas a mensagem principal que deixo é: tenham fé, peçam mesmo. E se for da vontade de Deus, Santo Antônio intercede. Cada um nós tem o seu pezinho de meia.
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